Economia

Lula critica mercado e diz que economia “vai crescer 3% ou um pouco mais de 3%”

Em seu discurso durante um evento do setor da construção, Lula voltou a dizer que seu governo tem o compromisso de fazer o Brasil “voltar à normalidade democrática" e "à normalidade civilizatória”

Por Fabio Matos/ InfoMoney Publicado em 27/11/2024 11:25
Lula, presidente da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a reclamar nesta terça-feira (26) dos prognósticos menos otimistas de parte do mercado financeiro sobre o futuro da economia brasileira. 


Ao discursar durante a cerimônia de abertura de um evento do setor da construção, em Brasília (DF), Lula disse que o Brasil vive “um bom momento” e que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve registrar um crescimento de pelo menos 3% neste ano. 


O petista esteve presente na abertura do 99° Encontro Nacional da Indústria de Construção. O evento é promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e conta com a participação de representantes do setor, além do mercado imobiliário e especialistas em sustentabilidade e inovação.

O evento foi realizado no Salão de Eventos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.


“Vocês lembram do mercado, como é que dizia… ‘a economia não vai crescer, vai crescer só 0,8%’. Cresceu 3%. Agora vai crescer 3% ou um pouco mais de 3%. As coisas estão acontecendo na macroeconomia e na microeconomia”, afirmou Lula aos empresários do setor da construção.

“Normalidade democrática”

Em seu discurso, Lula voltou a dizer que seu governo tem o compromisso de fazer o Brasil “voltar à normalidade democrática, à normalidade civilizatória”. “Em que as pessoas podem conversar, podem estar em partidos diferentes, torcer para times diferentes. Temos de aprender a conviver da forma mais civilizada possível”, afirmou. 

Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado pela Polícia Federal (PF) pela suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, Lula voltou a defender a “civilidade” na política. 

“Eu não preciso gostar de vocês e vocês não precisam gostar de mim. Nós só temos de nos respeitar e saber qual é a tarefa de cada um”, completou.


Segundo as investigações da PF, que deflagrou a Operação Contragolpe, um grupo criminoso tinha o objetivo de impedir a posse de Lula e teria articulado, inclusive, um plano para assassinar o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).