Advogado Luiz Fernando Pacheco é encontrado morto em São Paulo

O advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (2), no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Conhecido por sua atuação em grandes causas penais e por ter integrado a defesa de José Genoino no caso do mensalão, Pacheco era considerado um dos principais nomes da advocacia criminal no país.
Desaparecimento e socorro
Segundo o boletim de ocorrência, Pacheco estava desaparecido havia 36 horas, sem dar notícias a amigos e familiares. Ele foi localizado desacordado em via pública por uma testemunha, que relatou ter visto o advogado convulsionando e com dificuldade para respirar antes de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
O criminalista chegou a ser levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa de São Paulo, mas não resistiu. Ele estava sem documentos, e a identificação foi confirmada por exame papiloscópico realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt. As circunstâncias da morte ainda estão sob investigação policial.
Repercussão na advocacia
A notícia causou forte comoção entre colegas e entidades da área. O presidente da OAB de São Paulo, Leonardo Sica, lamentou a perda.
“Perdemos um advogado brilhante, defensor das boas causas, amigo de todos. Dedicou sua vida com paixão, energia, ética e boa-fé ao direito de defesa e às prerrogativas dos cidadãos. A ordem está em luto profundo”, afirmou.
O grupo Prerrogativas, do qual Pacheco foi um dos fundadores, também se manifestou. O coordenador Marco Aurélio de Carvalho destacou sua relevância para a advocacia:
“Estamos em luto. Ele era um dos advogados criminalistas mais brilhantes do país, da escola de Márcio Thomaz Bastos. Combativo, solidário e generoso, vivia um momento muito feliz, com a reconstrução do país, a participação na gestão reeleita da OAB-SP e no grupo Prerrogativas. É uma perda significativa para a advocacia e para a sociedade brasileira.”
Trajetória
Formado na década de 1990, Pacheco iniciou a carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, em 1994, e se tornou sócio em 2000. Com mais de 20 anos de atuação na esfera penal, destacou-se em casos de grande repercussão nacional, consolidando-se como referência em defesa criminal e prerrogativas da advocacia.
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