Carla Zambelli anuncia greve de fome após decisão da justiça italiana

Após a decisão da Corte de Cassação Italiana de mantê-la presa, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou greve de fome. O anúncio foi feito em carta ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio.
Zambelli já recorreu à greve de fome anteriormente. Em uma das audiências, seu advogado, Fábio Pagnozzi, revelou que a deputada havia caído e batido a cabeça, como consequência da mesma forma de protesto.
Nordio já se declarou favorável à manutenção da prisão de Zambelli. Ao fazer isso, diz a carta, ele estaria se alinhando a Lula e sua política de aliança com países ditatoriais, como “Irã, Venezuela, Cuba, dentre outros”.
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Zambelli também menciona os Estados Unidos, dessa vez como exemplo de nação que já reconheceu Moraes como um violador de direitos humanos, incluído no rol de sancionados pela Lei Magnitsky. Ao final, ela pede que o ministro “não seja outro Romano a lavar as mãos”.
A decisão judicial aconteceu na quarta-feira (08). A defesa da deputada alegou, sustentada em perícia, que ela passa por distúrbios psiquiátricos e neurológicos graves. A perita médica do tribunal, Edy Febi, entendeu, no entanto, que a condição de saúde de Zambelli é compatível com a prisão em regime fechado.
Por que Zambelli está presa?
Em junho de 2025, o Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil enviou ao país europeu um pedido de extradição da deputada. A solicitação atendia a uma determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. Uma vez que o Brasil incluiu o nome da deputada na Interpol, a polícia italiana localizou a deputada e efetuou sua prisão.
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A condenação no Brasil ocorreu em maio de 2025. O STF entendeu que havia provas suficientes de que Zambelli contratou o hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Com isso, Zambelli recebeu condenação a 10 anos de prisão.
A deputada nega as acusações, e aponta que não há provas de seu envolvimento no ataque ao CNJ. Os advogados consideram injusto condenar a cliente por documentos que ela sequer sabia da existência, como, por exemplo, “alvarás falsos que o mitômano Walter fez para seu primo e terceiras pessoas”. Além disso, aponta cerceamento de defesa por conta da ausência de possibilidade de sustentação oral ou de audiência com a primeira turma do STF. Essas ausências, em conclusão, deveriam acarretar em nulidade.
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