Concursos realizados pelo Governo de Sergipe transformam vidas e fortalecem serviço público
São mais de 20 certames realizados ou em andamento nos últimos dois anos e meio; somente em 2025, mais de mil vagas foram abertas em órgãos da administração pública estadual

A ansiedade no rosto de Ítalo Marques, 33 anos, era visível. Engenheiro mecânico por formação, ele passou anos trabalhando na indústria de cimento até decidir seguir por um caminho completamente diferente: o serviço público. Aprovado no concurso da Polícia Penal do Governo de Sergipe, ele encara a nova fase como uma guinada definitiva na carreira profissional.
O recém-empossado trabalhou na iniciativa privada por muito tempo, mas buscava uma carreira mais estável e com possibilidade de crescimento. Casado e pai de dois filhos, sabia que a escolha também impactaria a família. Após sair da indústria, Ítalo decidiu apostar nessa mudança e se preparou durante seis meses para a prova da Polícia Militar e para o Corpo de Bombeiros. “Estudar é o caminho mais seguro para voos mais altos na vida. É preciso perseverança e confiança de que, uma hora, a aprovação chega”, destaca.
Histórias de transformação de realidade de vida como a de Ítalo têm se multiplicado em Sergipe, especialmente após a retomada dos concursos públicos estaduais. De acordo com a Secretaria de Estado da Administração (Sead), já são mais de 20 certames realizados ou em andamento nos últimos dois anos e meio. Entre janeiro de 2023 e junho deste ano, mais de 550 novos profissionais foram empossados. Somente em 2025, mais de mil vagas foram abertas em órgãos da administração pública estadual.
Novos profissionais
A pernambucana Liliane Lopes Pinto, de 43 anos, também figura entre os novos servidores do estado. Natural de Garanhuns (PE), ela possui longa experiência no sistema socioeducativo de Pernambuco, onde atuou por dez anos. “Passei esse tempo todo como contratada. Quando fui aprovada na Polícia Penal de Sergipe, pensei: agora é hora de garantir um futuro mais próspero”, explica.
A vinda para Sergipe é cheia de esperança na construção de uma carreira promissora. “A impressão que tenho do estado é a melhor possível, e venho para agregar com minha experiência”, conta. Para ela, a estabilidade financeira e o reconhecimento profissional são os principais atrativos da carreira pública. “A gente se sente respeitado, e isso faz toda a diferença”, reforça.
Igor Menezes, de 38 anos, compartilha a mesma motivação. Bancário por muitos anos, decidiu mudar de rumo ao perceber a instabilidade do setor privado. Estudante de Direito, ele resolveu tentar o concurso da Polícia Penal. “Foram seis meses de estudo focado. Abandonei o trabalho anterior para ser policial penal. É uma mudança de 360 graus. Estou com aquele misto de empolgação e alívio. Tudo é novo, mas é exatamente isso que me motiva”. Ele também destaca a política de concursos do Governo do Estado. “É uma atitude louvável. Que outros estados sigam esse exemplo. A gente precisa de sangue novo no serviço público para fazer o estado crescer”, declara.
Oportunidade de mudar de vida
Danilo Oliveira Vasconcelos, 26 anos, é um exemplo de persistência. Foi aprovado em dois concursos: Polícia Penal (2018) e Polícia Civil (2021), sendo convocado para este último, em 2023. Hoje, atua como oficial investigador, cargo que substitui a antiga nomenclatura de agente de polícia. “Sempre sonhei com isso. Mesmo quando trabalhava como professor de Educação Física, aproveitava cada tempo livre para estudar. Lia apostilas, assistia a videoaulas, fazia questões. Nunca parei”, lembra. Danilo reforça que a aprovação exige uma rotina dura. “Hoje, vejo que valeu a pena. Trabalho no que sempre desejei e me sinto realizado”, aponta.
Segundo ele, a chegada de novos colegas fortalece a atuação da Polícia Civil. “Todos chegaram bem preparados pela Acadepol, com instrutores de altíssimo nível. Isso fortalece o Estado e beneficia diretamente a população. Pessoas motivadas, com formação bem feita, conseguem colocar em prática tudo o que o Estado espera para combater a criminalidade e servir com qualidade”, enfatiza.
Mesmo quem ainda não conquistou a aprovação reconhece o valor das oportunidades. A assistente social Regina Ferreira dos Santos, 30 anos, participou dos concursos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic). Ela enxerga nos certames uma porta importante para o futuro. “O que me motiva é o salário, a carga horária e a segurança de que ninguém poderá me retirar”, afirma.
Articulação entre secretarias
Para que tantos certames aconteçam, é necessário um esforço conjunto entre diversas pastas da gestão. Tudo se inicia na Sead, responsável pela condução dos concursos. A secretária Lucivanda Nunes explica que é um trâmite extremamente formal e burocrático tendo em vista a legislação rigorosa. “Diversas áreas demandam por concursos, e isso passa por estudo da nossa área de carreiras. A partir da viabilidade e da importância, nasce um processo, com apoio da área fim”, relata.
A Secretaria de Estado da Saúde, por exemplo, realiza seu primeiro concurso desde 2009. O secretário Cláudio Mitidieri salienta que esse é o maior concurso da história da Saúde, com quase 900 vagas. “É um momento importante porque rejuvenesce o quadro de funcionários, traz mais força no trabalho para a Secretaria, e isso vai refletir na melhor resposta, qualidade e agilidade do atendimento”, afirma.
Além das secretarias, órgãos como o Tribunal de Contas, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Conselho de Reestruturação e Ajuste Fiscal (Crafi) e outros participam de forma direta. Desde a autorização até a conclusão, um concurso leva, em média, um ano para ser realizado.
A Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania também é exemplo de avanço. “Essa não é apenas uma convocação para cargos, é um chamado ao propósito público. Os novos servidores e servidoras terão papel fundamental na consolidação dos nossos programas, no aprimoramento do atendimento nas unidades e na ampliação da presença do Estado onde mais se precisa”, enfatiza a secretária Érica Mitidieri.
Também estão em andamento os concursos para a Secretaria da Fazenda (Sefaz), com 50 vagas para Auditoria Fiscal Tributária, para Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) e Fundação Renascer, com 32 vagas para agentes e orientadores sociais. Outros órgãos como a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Agrese) também realizaram concursos inéditos, impulsionando a criação de quadros modernos e representativos. Os efeitos dessa política pública dialogam diretamente com os dados positivos do estado. Sergipe registrou a menor taxa de desemprego da história no terceiro trimestre de 2024, com 8,4%
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